Do mês de fevereiro até o mês de março, estará disponível para os interessados em cultura, a 29ª Bienal de São Paulo – Obras Selecionadas no Palácio das Artes, localizado na Avenida Afonso Pena, 1537 – Belo Horizonte, que trás uma exposição que tem como temática principal a relação arte-política através de diversos tipos de expressões artísticas que nos levam a uma viagem no tempo e espaço. O objetivo das obras é demonstrar o quanto a arte e a política são inseparáveis e que o resultado dessa junção é a educação, onde a sociedade faz o uso da razão e passa por um processo de aprendizado que será seu passaporte para uma tentativa de compreensão dos conflitos do mundo e assim então questiona-los, sendo mais crítica quanto ao seu cotidiano. Entretanto, não foi uma exposição de impacto imediato, foi preciso analisar cautelosamente e então refletir sobre o significado de todas as representações artísticas em conjunto. Algumas obras atraíram mais atenção do que outras, por exemplo, Je vous salue, Sarajevo, de Godard, e sua frase
“A cultura é a regra, a arte é a exceção”, onde a cultura é representada pela guerra e esta não quer uma exceção. Podemos citar também
Língua Apunhalada, de Lygia Pape, em que a foto de uma mulher cuja língua sangra, expressa a repressão e a necessidade de se expressar. Enfim, foi uma visita com trabalhos interessantes e que nos fazem refletir, embora não estivessem organizados de forma que permitisse a compreensão direta, mas arte pode ser isso: a análise da bagunça, onde cada um entende de uma forma e coloca esse aprendizado em prática da forma que entendeu. Gostaríamos de fechar com uma das citações presentes na exposição:
“Todas as idéias expostas, todas as conclusões, são uma tentativa de atingir uma suposta verdade” o que nos leva a concluir que a arte se mantém presente no nosso dia a dia inspirando a nossa busca por conhecimento.
